Toda a empresa, não importando se é uma grande corporação multinacional, uma pequena sorveteria de uma pequena cidade, um órgão de governo ou um banco, depara-se ao longo de sua história com eventos inesperados, os quais exigem algum tipo de resposta.
A resposta adequada normalmente dependerá de planejamento e investimento, duas ações que normalmente levam os executivos a discutirem uma simples questão: Por que preciso investir em Continuidade dos Negócios?Independentemente de responder a esta questão, GCN não se tornará mais importante e nem será considerado da forma como merece na maioria das empresas. Ainda não.
O motivo é simples e nasce com o ser humano, chama-se negação, o mais comum dos mecanismos de defesa e que normalmente será utilizado para não iniciar um projeto de GCN.
Prepare-se, pois a frase “mas isso nunca aconteceu” ou “isso nunca acontecerá conosco” será muito ouvida pelo responsável pela GCN corporativa.Não fazer é muito mais fácil e barato do que fazer, não é?
Já passei por isso e alguns colegas, de outras empresas, já me confidenciaram que chegou um momento onde a vontade era de abandonar o barco e trabalhar com algo mais simples.
Saiba que para seguir em frente é necessária uma qualidade muito importante, chamada persistência. Pergunte-se: Sou persistente? Tenho tolerância à frustração? Gosto de desafios? Se a resposta for SIM continue.
Você observará que após a criação de uma estrutura de Continuidade dos Negócios, alguns gestores pensarão que a empresa está segura e à prova de interrupções, trazendo junto a isto a sensação do dever cumprido. Infelizmente, continuidade dos negócios não é só um projeto, deve ser encarado como um estado de espírito.
A Continuidade dos Negócios, para ser realmente efetiva, exige mudança cultural.Sendo bem honesto, continuidade dos negócios num primeiro momento não fascina, não anima e normalmente não envolve a maioria das pessoas. E este, no meu entendimento, é o maior desafio dos profissionais dedicados a este assunto: fazer com que todos participem e se envolvam de forma profunda nas atividades que fazem um Plano de Continuidade deixar de ser apenas um monte de papel.
A estrada é longa e no meio do deserto, e em cujo percurso você encontrará muitas pedras no caminho.
Este texto está em meu livro, escrito em 2010, pena que continue atual. Boa Sorte!